UM SÍTIO...

UM SÍTIO - onde nos encontramos... a começar por nós, que nos encontrámos

domingo, 4 de novembro de 2018

A pedir foto do banho da manhã


PÁSSAROS, PASSARINHOS E PASSAROCOS

O nosso espaço, ou co-domínio, não é apenas nosso, não é só dos dois humanos que nele co-habitam.
Depois de ter sido partilhado, em regime de verdadeira co-vivência, com um gato cuja memória não se apaga, antes se aviva em cada recanto do espaço, em cada rotina em que ele-o-Mounti tão dentro de nós ficou e tanto nos falta. Esse espaço foi sendo transformado em também espaço zoo-aviário.
O processo criador deste nosso sentimento de nova co-habitação tem sido lento, ou lentamente dele nos fomos apercebendo ou tomámos consciência.
Para a criação desse novo estado fomos contribuindo. Não contra vontade mas involuntariamente. Nós e o Mounti... Este, ao ir perdendo o pendor predador, apaziguado como em tudo que o tempo nos leva; nós, os humanos, ao começar por colocar uma pequena travessa redonda de barro para ao Mounti servir de bebedouro de fácil acesso… a acrescentar a outros bebedouros espalhados pelo co-domínio sob telha.
Os visitantes alados (e azados) começaram a descer dos céus[1] e por serem “uma graça”. Foram tornando-se uma companhia. Uma companhia?... muitas!, porque as visitas são muitas, multiplicadas por pássaros, passarinhos, passarocos.
De várias espécies. Sem incluir passarões! Mas tantos que nos vimos forçados, naturalmente, a ampliar o espaço com mais uma (e maior) travessa de barro. Das quais os pássaros, passarinhos, passarocos se servem como bebedouro, de piscina, para lazer.
Eles aterram, por heli/aerotransporte incorporado, beberricam, espanejam-se, brincam e levantam voo. Alguns voltam quase logo num frenético vai-vem. Todos graciosos, uns mais nervosos, outros pachorrentos, um mais corpulento em verdadeiro banho de imersão.

Pássaros, passarinhos, passarocos. Às dúzias. De várias espécies e diferentes tamanhos em escala reduzida. Dos pardalitos (ou mais pequenos) aos melros. Nada de passarões. Talvez por isso, alguma agitação mas natural disciplina e hierarquia, sobretudo no caso de “famílias” descendo de ninhos vizinhos. Todos no desfrute do espaço, sem visível agressividade ou violência. E nós espectadores. Encantados!

Boas companhias ou bons companheiros.



[1] - acontece por estes sítios e azinheiras…


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terça-feira, 7 de agosto de 2018

do nosso canto nosso


desde o começo do século fazia parte do nosso canto. quase desde que nascera. tivemos de esperar pelo desmame materno. veio do alentejo. de um "amor ao primeiro olhar". fez, deste nosso canto então aqui a instalar-se, o seu canto.
a conviver connosco. durante dezoito anos de quotidiana aprendizagem mútua. sobre humanos - estes humanos - e gatos - aquele gato. afeiçoando-nos.
de forte personalidade, impunha o seu querer (e paladar) com pertinácia e tacto. água?... só fresquinha em vários espaços da casa ou nas poças do quintal.
quando nós, os humanos, nos metemos nisto dos blogs, tornou-se tema e personagem, ainda mais protagonista quando a humana enveredou pela fotografia e o fez o "gato da blogosfera".
naturalmente também aqui, quando esboçámos este canto nosso. naturalmente, entre os raros momentos aqui fixados do nosso viver-a-dois, a sua presença mostra bem como ele, o Mounti, fazia parte do canto nosso num viver-a-três. até porque quis e (soube) condicionar determinantemente vivências e projectos.
muito mais se poderia escrever, já escrito foi, escrito ainda será.
para aqui, esta foto de uma sesta abraçado pelo faz-de-dono e... de patas cruzadas. esta foto a pedir legenda, embora legenda trouxesse: mãos e mãos.
rodeados de humanos queridos (sem esquecer os "outros") sem bússola, que falta sentimos do teu olhar firme, sereno, terno.

domingo, 15 de abril de 2018

a desconhecida


apareceu assim,
sem se anunciar,
discreta e delicada na forma,
exuberante na cor.
foi adoptada pelo olho atrás da máquina,
tornou-se objecto humano,
nosso!




sábado, 31 de março de 2018

Rebolando ao sol




O SEMPRE LEMBRADO

"Não!, não estou zangado. 
É verdade que a expressão o pode parecer... mas não! 
Estava só a rebolar-me, a aproveitar este sol fugidio, e lembrei-me de vos lembrar que o Canto Nosso é de três, que não é só de dois!
'Tá bem... eu sei que não me esquecem, mas é sempre bom lembrar o não-esquecido"

"Ponto da situação"


Este Canto Nosso nunca foi muito valorizado. Foi ideia (bonita) que não ganhou vitalidade. Talvez por minha “máxima culpa”. Por tudo ser tanto para mim. Por tanto ser demais. Por a tanto estar a faltar. E por o tempo ser de menos em menos.
A dificuldade do tempo de adaptação à crescente/assumpção do em-velho-ser o corpo.
E, de súbito, a dorida (e assustada) consciência do que tem sido apenas enganosa apregoada lucidez. Com um quotidiano (e pequenino) confronto com a lembrança brechtiana da matéria de que sou/somos feitos (e desfeitos).
Daqui, e aqui!, a necessidade do nosso canto e do Canto Nosso porque
 ... qu'est-ce que j'aurais bien aimé
encore une fois traîner mes os
jusqu'au soleil jusqu'à l'été
jusqu'à demain jusqu'au printemps…

(https://www.youtube.com/watch?v=vBHfoGrJLqI)

Sai uma foto das tuas para o nosso Canto Nosso?

SAIU!
a tranquilidade das frésias e gotas de chuva


sábado, 17 de março de 2018

Com os NOSSOS parabéns

15.03.2017 à

Temo-lo esquecido o CANTO NOSSO,

só com 27 mensagens em 2 anos e meio!
à 16.03.2018

Resposta pronta


Precisa tanto de NÓS o CANTO NOSSO!
... ou somos NÓS que precisamos tanto do CANTO NOSSO?