UM SÍTIO...

UM SÍTIO - onde nos encontramos... a começar por nós, que nos encontrámos

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Uma "placa" para o Mounty?!


Já disse! Não vou ao dentista! Miau, miau... 'inda me zango!
E não venham p'ra cá com essa estória de q' o canto também é meu

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Azul, Nuvem, Lua, Traço e Nós





















No azul infindo, a mancha de uma nuvem e a pontuação da Lua.

Mas - também! - o traço deixado talvez por um homem, o todo captado pela máquina manejada por ti-mulher. Uma composição onde está tudo. Tudo? Tudo o que quisermos, tu e eu, que esteja. Porque sabemos, eu e tu, que sempre faltará quase tudo. Porque, se quisermos, nós - tu e eu -, nada faltará. Faltavam as palavras, minhas. As palavras que, sempre, faltam. Ou que, tantas vezes, são demasiadas por quererem dizer tudo.
É assim a vida e a maneira de nós 
- cada um, tu-mulher, eu-homem! - 
a vivermos,

  

domingo, 13 de dezembro de 2015

A tulipeira e as cadeiras


A tulipeira, de seu nome de baptismo científico Spathodea campanulata, veio pelos ares, sabe-se lá de onde, e instalou-se. Terá achado acolhedor o cantinho, ainda terá pensado que naquelas cadeiras ali um pouco ao abandono pudesse encostar alguns ramos mas depressa o seu crescimento rápido e exagerado lhe tiraram quaisquer ilusões.
Apercebeu-se que a fotografavam, ela com máquina fotográfica em aparelho em curso de formação (dela), ele, como lhe é conhecido, ao calhas; ela a dar-lhe mais um nome de conjunto - primeiríssima -, ele a arranjar um título de que gostou e plantou no "post".
Mas ele achou pouco o título e a legenda. Quer também "apanhar" mais que o caule empertigado, quis apanhar as campanulatas em formação neste Dezembro tardio de inverno e guardar, aqui, a boa convivência da jovem tulipeira com a centenária oliveira sua vizinho, e onde assentava a picota comque em longínquas juvenis idades tirava água do poço.





  









Bom...é o nosso canto, que os pássaros animam mesmo quando para aqui não vêm.

sábado, 5 de dezembro de 2015

FOTO 1





















FOTO 1


Esta é a foto a que quiseste dar o número 1. Assim também a vejo - sem desvalorizar qualquer outra já editada ou a editar! Lembra-me as primeiras vindas ao Zambujal, e como me sentia bem a jantar contigo, no final de uma tarde de verão, no lugar que tinha sido o pátio da minha avó Maria José (a avó da cabrinha).

Quase (?) me emocionei ao ver como pegaste num pincel chamado máquina fotográfica e pintaste este quadro. 
A "artista" promete. E exige muito do "legendador"...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Esta é a pedra!

FICÇÕES DO CORDEL

TERÇA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2008

Esta é a pedra                          
  
Esta é a pedra-mãe desta Casa.



Sobre ela se construiu a Casa, e é o que resta do que foi a Casa. Como era.
Agora, nesta manhã, nela se espreguiça a sombra das ripas da janela, trazida pelo sol ainda nascente.


Por esta pedra, soleira de todas as portas, sempre se entrou para a Casa, sempre se saiu da Casa.
No começo de tudo, com serventia para os currais e para o forno, para se ir dar a comida ao gado, para fazer uma merendeira; para se sair a labutar na fazenda, enxada às costas, para a ela se regressar, corpo cansado, ao som das avé-marias.
Quanto pé descalço a pisou, a afeiçoou!
Teve por companhia tábuas de solho, que com ela se juntavam, agora são quadrados de tijoleira que se ajustam aos seus irregulares contornos.
A porta já não é a da fundação, de madeira robusta e gateira para os gatos virem caçar os ratos que abundavam; as paredes foram rebocadas e parecem, por isso, outra coisa que não o que foram.
Esta é a pedra! Não a bíblica mas o assentamento de tudo que é esta Casa. Aqui nasceu meu pai. Aqui, naturalmente, morro aos poucos, um dia de cada vez, vivendo a alegria de estar vivo e de saber porquê e porquê com quem.
Nesta pedra gosto de me sentar, a atirar a vista e o pensamento pelos verdes lá de fora e dos longes.
Desta Casa gosto de falar. E sou feliz por não ser só eu, e haver quem o faça de outra maneira, com outros olhos, com outro sentir igual ao meu. Com o igual sentir que há um encanto, uma magia, uma ternura. Um estar bem.
Esta é a pedra!



COMENTÁRIO (como justine)

 Justine disse...
E assim nos completamos: tu com os primórdios, eu com aquilo que a sorte me deu a viver.
E assim nos misturamos: olhando na mesma direcção, neste cair de tarde das nossas vidas. Com uma grande alegria (para não dizer imensa...)


A jovem ameixoeira

QUARTETO DE ALEXANDRIA
domingo, 2 de agosto de 2015
A jovem ameixoeira





Generosa como só os seres de boa natureza sabem ser,
a jovem ameixoeira oferece os braços e os frutos aos amigos
 que nos visitam, aos melros, e ainda sobra para nós!
.
Ain´t she sweet, Benny Carter



(e muita falta faz a sempre tão bem escolhida música)

COMENTÁRIO (com o “nome” de vizinho dos melros)

vizinho dos melros disse...
A jovem ameixoeira merece bem este destaque. Que foi, para o saudoso que sou da que havia naquele mesmo lugar e que "caiu de pé", um sinal de vida renovada, Obrigado!

        

À maneira de desafio, aqui fica a “primeira pedra”. Atirada por “ele”. Que teve, então, a resposta-comentário d’”ela”

COm iNSPIRAÇÂO no CANTO NONO

CANTO NONO                                                            
                                                                                       
Tiveram longamente na cidade
Sem vender-se, a fazenda os dois feitores,
Que os infiéis por manha e falsidade,
Fazem, que não lha comprem mercadores;
Que todo seu propósito e vontade
Era deter ali os descobridores.
(…)
Por onde vem a efeito o fim fadado,
Influio piedosos accidentes
De afeição em Monçaide, que guardado
Estava para dar ao Gama aviso,
E merecer por isso o Paraíso.

  
Como de uso deveria ser, de Luiz Vaz se colheu inspiração. Em seus versos com transviada leitura, e com outra história que se quer contar. Melhor se escreveria historiazinhas porque pequeninas serão, e tão-só de dois e dos seus quotidianos no canto a que nosso os dois lhe chamam, e que outros admiram, apesar de tão pouco ser.
Aqui, neste canto vivem, não retirados mas aqui se retirando de suas andanças várias e – algumas… – desvairadas. Onde trouxeram os juntos trapinhos e onde acrescentam comuns vivências, que nunca uma quiseram que fosse porque por experiências sabem não ser tal possível, a não ser em sonhos ideais e não reais. Embora outros, da estirpe do nosso amigo Luiz Vaz, com esses sonhos contem histórias de encantar e façam sempre reviver sonhos e ideais.
Assim também procurarão fazer, como se irá mostrar. Um (ela ou ele) a contar coisas de árvores, flores e frutos, de gente, gatos e outros bichos… o que e como lhe aprouver; o outro (ou a outra) a comentar… como aprouver lhe for.


Comecemos, então, com a ameixoeira nova: