Poema do Desamor
(como conta/canta o Alexandre O’Neil?)
Desmama-te desanca-te desbunda-te
Não se pode morar nos olhos de um gato
Beija embainha grunhe geme
Não se pode morar nos olhos de um gato
Serve-te serve sorve lambe trinca
Não se pode morar nos olhos de um gato
Queixa-te coxa-te desnalga-te desalma-te
Não se pode morar nos olhos de um gato
Arfa arqueja moleja aleija
Não se pode morar nos olhos de um gato
Ferra marca dispara enodoa
Não se pode morar nos olhos de um gato
Faz festa protesta desembesta
Não se pode morar nos olhos de um gato
Arranha arrepanha apanha espanca
Não se pode morar nos olhos de um gato
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Ou como tão bem (em tão cru e belo português) a Ana Margarida de Carvalho nos
(d)escreve o desamor e tudo começa por dizer ao escolher para título do seu livro o verso-mote Não se pode morar nos olhos de um gato?
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NÃO !!!
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Eu leio um poema de amor nesta tua foto dos olhos (curiosos) do nosso gato, e trago dois versos
“cucos” como legenda:
Pede festa protesta desaparece reaparece
Quanto amor pode morar nos olhos do nosso gato!
Verdade! Nos olhos do nosso gato, para além do amor, mora o jardim, a casa e moramos nós!
ResponderEliminar... se fosse no facebook clicava no gosto e no :-)
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