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terça-feira, 5 de abril de 2016

A casa, os caminhos, o céu. Nossos.



Ao princípio, era a casa, o quarto onde o homem nasceu. De que se vê a janela. 
Depois, o  homem e a casa  cresceram a par e passo, ou seja, de visita em visita, segundo a posse ou as posses. E assim foi sendo, até à não realização do tão querido e pouco ditode viver e morrer onde nascera. Mas que outro – o filho –  vai cumprindo. Acompanhado.  Em canto nosso.
Agora, agora mesmo quando a máquina disparou, é isto. Este ângulo que é o da chegada. Onde falta uma amendoeira que uma camioneta arrancou. Com a sebe por alindar (será preciso ou mantemo-la despenteada?...).
A cara do que está la atrás. Do que nos espera.
Esta é a panorâmica da chegada. Que se quer sempre acolhedora. Para todos. Mas que o céu, por vezes (tantas vezes…) parece ameaçar Como agora, dando este céu e esta cor ao retrato.

E a placa toponímica com o nome do homem que ali nasceu e ali quereria ter vivido uns dias, uns meses, uns anos. Antes de ali morrer. A placa meio escondida. Marcando a diferença, a fronteira entre o asfalto e a terra batida (mas quem o mandou ter este filho com estas cismas?!). Como que dizendo não vão por aí. Mas nós vamos. A pé e de cabeça levantada.

1 comentário:

  1. Um texto belíssimo, companheiro! Que me emocionou...
    Por aqui vamos caminhando, serenos!

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